domingo, 30 de junho de 2019

Desafios da inclusão na escola contemporânea

Quando iniciou-se o processo de implantação da Educação Inclusiva nas escolas regulares, evidenciou-se as profundas transformações que se faziam necessárias não só nas estruturas físicas escolares, adaptações pedagógicas e inclusão de alunos portadores de necessidades especiais nas salas de aulas regulares pois, a Escola Inclusiva deveria garantir a estas pessoas a possibilidade de receber as mesmas oportunidades e benefícios que outros alunos recebiam, como segurança, proteção, socialização, educação, desenvolvimento de suas potencialidades e capacidades, convívio com outras crianças, apoio pedagógico, psicológico ou médico quando necessários. Fazia-se necessário adaptar recursos, materiais, equipamentos e estruturas. Quebrar paradigmas, preconceitos e temores e buscar-se conhecimento, capacitação e especialização para lidar com as diferentes necessidades, transtornos ou distúrbios de aprendizagem além das deficiências físicas que precisavam de adaptações de ferramentas, próteses e tecnologias assistivas adequadas a cada aluno. A Educação Inclusiva não poderia acontecer sem as Leis que garantissem estes direitos, as políticas públicas e a conscientização de todas as partes envolvidas no processo, iniciando-se pelas famílias, sociedade, escola e governo. Garantir o direito à educação inclusiva seria garantir aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação o convívio com as pessoas normais num mesmo espaço local, garantir a comunicação entre as pessoas, o respeito à individualidade de cada membro do grupo, a remoção das barreiras, desde arquitetônicas, psicológicas, administrativas e organizacionais, a eliminação de preconceitos e a renovação de posturas.

Contudo, depois de passados anos deste início, a situação dos alunos de inclusão, ao menos na escola onde atuo, não se modificou muito.
A escola ainda não está preparada nem física, nem no que diz respeito aos recursos humanos, para sanar as necessidades deste aluno.
Falta estrutura física, faltam pessoas capacitadas para dar conta da demanda. Cada aluno é único em suas necessidades e dificuldades, nós professores precisamos entender essa realidade e buscar apoio e informação a respeito destas necessidades, precisamos fazer nossa parte, para só então cobrar dos demais que façam a sua.








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Educação de Jovens e Adultos

 A aprendizagem é um processo dinâmico e só se dá quando o educando se apropria dela, quando ele se vê agente deste processo. Como bem coloca Hara: “Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento”(1988).

A alfabetização de adultos se dá mais facilmente, quando as palavras utilizadas nessa etapa são de seu dia-a-dia, de seu cotidiano, “ao escolher palavras de profundo significado para os sujeitos, estamos assegurando o envolvimento do educando com elas” (HARA, 1988).


Paulo Freire, em suas obras visando à libertação, dá um significado especial a essa relação professor/aluno: “Para ser um ato de conhecimento, o processo de alfabetização de jovens e adultos demanda, entre educadores e educando, uma relação de autêntico diálogo”.


O papel do professor é destacar a curiosidade, indagar a realidade, problematizar, ou seja, transformar os obstáculos em dados de reflexão para entender os processos educativos, que, como qualquer faceta do social, estão relacionados com seu tempo, sua história e seu espaço.


Portanto, a relação professor-aluno é fundamental para o processo de conscientização/libertação/conhecimento. Tudo que o professor faz em sala de aula influencia o desenvolvimento da apropriação dos conceitos. A maioria dos alunos de EJA vem de um longo e cansativo dia de trabalho e anos sem frequentar a escola; o professor precisa ter muita responsabilidade, dedicação e criatividade para que esses alunos sejam incentivados a permanecer na escola.


O professor é o mediador e incentivador de cada aluno, e o bom relacionamento, preocupação e carinho com os alunos ajudam no seu desenvolvimento intelectual, incentivando-os a continuar frequentando as aulas. Criatividade, solidariedade e confiança são essenciais na relação entre o professor e o aluno de EJA. A autoestima elevada influencia na capacidade de todos de aprender e ensinar.


Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 32ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.


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Planejamento

O planejamento educacional possibilita uma organização do conteúdo a ser
desenvolvido pelos professores em sala de aula, baseado na necessidade e no

conhecimento de mundo dos alunos.
Ao elaborar o planejamento de ensino, o professor deve considerar a participação dos

alunos nas ações que serão desenvolvidas

A necessidade de compreender como o planejamento de ensino se apresenta junto à
prática pedagógica dos professores que atuam nas duas escolas parceiras nos levou, num
primeiro momento, a analisar os contextos das escolas, a socialização com alunos e

professores.

Não há como realizar um planejamento eficiente se não conhecermos a realidade de nosso aluno, se não conhecermos a realidade social a qual a escola está inserida. Só fazendo uma ampla pesquisa do que temos "ao redor" de nosso aluno e da escola onde trabalhamos é que conseguiremos organizar um planejamento eficiente e atrativa a todos os alunos.




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Referências

RAYS, O. A. Planejamento de ensino: um ato político-pedagógico. Cadernos didáticos: Curso de Pós-Graduação em Educação/ Universidade Federal de Santa Maria/RS, 2000.

Relações étnico-raciais


As diferenças, mais do que dados da natureza, são construções sociais, culturais, políticas e identitárias. Aprendemos, desde criança, a olhar, identificar e reconhecer a diversidade cultural e humana. Contudo, como estamos imersos em relações de poder e de dominação política e cultural, nem sempre percebemos que aprendemos a classificar não somente como uma forma de organizar a vida social, mas também como uma maneira de ver as diferenças e as semelhanças de forma hierarquizada e dicotômica: perfeições e imperfeições, beleza e feiúra, inferiores e superiores. Esse olhar e essa forma de racionalidade precisam ser superados.


A escola tem papel importante a cumprir nesse debate. E é nesse contexto que se insere a alteração da LDB, ou seja, a Lei nº 10.639/03. Uma das formas de interferir pedagogicamente na construção de uma pedagogia da diversidade e garantir o direito à educação é saber mais sobre a história e a cultura africanas e afro-brasileiras. Esse entendimento poderá nos ajudar a superar opiniões preconceituosas sobre os negros, a África, a diáspora; a denunciar o racismo e a discriminação racial e a implementar ações afirmativas, rompendo com o mito da democracia racial.




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Literatura Infantil em sala de aula

A leitura é um dos meios pelo qual se obtém conhecimento das mais diversas áreas facilitando então, a argumentação e vocabulário para a produção de um texto oral ou também escrito.
A escola tem grande parcela de responsabilidade para com o incentivo à leitura, pois promove o hábito nas crianças, estas irão crescer sabendo que a leitura enriquece o conhecimento e da grande importância que ela exerce na vida do ser humano.
O projeto desenvolvido na turma foi referente ao incentivo a leitura.  Este projeto visava contribuir com os alunos, dando-lhes possibilidades de se familiarizar com a literatura e possibilitar uma integração com suas famílias. Visto que, além de promover a leitura em sala de aula, nos finais de semana, uma família será contemplada com a "Sacola Literária" da turma.
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a nos familiarizar com o mundo a nossa volta. Há, entretanto uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. A leitura não pode se tornar uma obrigação, porque quando ela se transforma em obrigação, se resume
em simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, daremos aos nossos alunos o direito de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar.
Acredita-se também que o hábito da leitura é fundamental para a prática de produção de texto, pois o fracasso na produção textual, deve-se justamente ao fato de haver pouca leitura.
Sendo assim, o propósito deste trabalho é, acima de tudo incentivar no aluno a leitura e a escrita em todos os seus aspectos e criar condições para que tais atividades se desenvolvam de modo eficiente e produtivo. 
A escola onde trabalho está inserida em uma comunidade carente, onde o hábito de ler se torna secundário. 
Por isso, a importância da escola em promover momentos de leitura, para despertar no aluno este hábito e prazer em ler, para assim quem sabe, ele possa mais tarde levar este incentivo para sua família. 



Referências:

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil –gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997

BROCANELLI, Cláudio Roberto, GIROTTO, Cíntia G.G.Simões; ANDRADE, Lizbeth Oliveira de. A educação como experiência a partir de histórias lidas e contadas: momentos de (re)criação da infância. Rev.Educ. PUC-Camp, Campinas, jan/abr,2013.

Gestão Democrática

A Gestão Democrática está baseada na coordenação de atitudes e ações que propõem a participação social, ou seja, a comunidade escolar (professores, alunos, pais, direção, equipe pedagógica e demais funcionários) é considerada sujeito ativo em todo o processo da gestão, participando de todas as decisões da escola. Assim, é imprescindível que cada um destes sujeitos tenha clareza e conhecimento de seu papel quanto participante da comunidade escolar.
A gestão democrática tem se tornando um dos motivos mais frequentes, na área educacional de reflexões e iniciativas públicas a fim de dar sequencia a um principio constitucionalmente na lei de diretrizes e bases da educação nacional.
O princípio está inscrito na Constituição Federal e na LDB, sendo assim, ele deve ser desenvolvido em todos os sistemas de ensino e escolas públicas do país. Ocorre, contudo, que como não houve a normatização necessária dessa forma de gestão nos sistemas de ensino, ela vem sendo desenvolvida de diversas formas e a partir de diferentes denominações: gestão participativa, gestão compartilhada, cogestão, etc. E é certo que sob cada uma dessas denominações, comportamentos, atitudes e concepções diversas são colocados em prática.
Falar em Gestão Democrática é acreditar em uma educação com relevância social e, logo, em uma escola construída a partir da ação coletiva. Assim, se o propósito é formar cidadãos honestos e responsáveis, a gestão democrática é a política mais necessária para qualquer administrador escolar.
A partir dessa administração será possível desenvolver e vivenciar a democracia no cotidiano escolar e levá-la a consolidar a participação entre toda a comunidade colaborando, no processo de inclusão social do País.
Dessa forma, buscar a Gestão Democrática, requer conquistar a própria autonomia escolar, visto que, sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a valorização da escola, da comunidade e, consequentemente, do Gestor e da equipe que está envolvida no processo, que precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma educação inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o conhecimento de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que engrandeçam ideais e ações humanizadores.
Falar em Gestão Democrática é acreditar em uma educação com relevância social e, logo, em uma escola construída a partir da ação coletiva. Assim, se o propósito é formar cidadãos honestos e responsáveis, a gestão democrática é a política mais necessária para qualquer administrador escolar.
A partir dessa administração será possível desenvolver e vivenciar a democracia no cotidiano escolar e levá-la a consolidar a participação entre toda a comunidade colaborando, no processo de inclusão social do País.
Dessa forma, buscar a Gestão Democrática, requer conquistar a própria autonomia escolar, visto que, sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a valorização da escola, da comunidade e, consequentemente, do Gestor e da equipe que está envolvida no processo, que precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma educação inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o conhecimento de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que engrandeçam ideais e ações humanizadores.
Falar em gestão democrática é acreditar na relevância social da educação e numa escola construída a partir de uma ação coletiva.
Dessa forma, buscar a Gestão Democrática, requer conquistar a própria autonomia escolar, visto que, sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a valorização da escola, da comunidade e, consequentemente, do Gestor e da equipe que está envolvida no processo, que precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma educação inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o conhecimento de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que engrandeçam ideais e ações humanizadores.
O gestor e sua equipe devem ser inteiramente ligados ao processo educativo  e não tratar a educação como um meio secundário para obter lucro. Muitos professores e diretores tem outras atividades empregatícias  onde seu tempo fica pouco para tantas atividades que a educação exige.

Referências:

A democratização da educação básica no Brasil. Rio de Janeiro: Boletim n. 20. TV Escola, Programa Salto para o Futuro, 2005.
BORDIGNON, Genuíno; GRACINDO, Regina Vinhaes. Gestão da educação: município e escola. IN: FERREIRA, N. S. e AGUIAR, M. A. (Orgs.). Gestão da Educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996.



Projetos de aprendizagem

Quando se fala, na educação presencial, em "ensino por projetos", pode-se estar falando do plano da escola, do projeto da escola, de projetos dos professores.  Nesse tipo de ensino, quais são os critérios que os professores seguem para escolher os temas, as questões que vão gerar projetos?  Que vantagens apresenta a escolha dessas questões?  Por que elas são necessárias?  Em que contextos?  Que indicadores temos para medir seus níveis de necessidade?  A quem elas satisfazem?  Ao currículo?  Aos objetivos do planejamento escolar?  A uma tradição de ensino?
 Na verdade, no ensino, tudo parte das decisões do professor, e a ele, ao seu controle, deverá retornar. Como se o professor pudesse dispor de um conhecimento único e verdadeiro para ser transmitido ao estudante e só a ele coubesse decidir o que, como, e com que qualidade deverá ser aprendido. Não se dá oportunidade ao aluno para qualquer escolha. Não lhe cabe tomar decisões. Espera-se sua total submissão a regras impostas pelo sistema.
Porém, começamos a tomar consciência de nossos equívocos.
Quando falamos em “aprendizagem por projetos” estamos necessariamente nos referindo à formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento. Partimos do princípio de que o aluno nunca é uma tábula rasa, isto é, partimos do princípio de que ele já pensava antes.
E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento específico - seja nas ciências, nas artes, na cultura tradicional ou na cultura em transformação.
Um projeto para aprender vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações no sistema de significações, que constituem o conhecimento particular do aprendiz.  Como poderemos ter acesso a esses sistemas?  O próprio aluno não tem consciência dele!  Por isso, a escolha das variáveis que vão ser testadas na busca de solução de qualquer problema, precisa ser sustentada por um levantamento de questões feitas pelo próprio estudante.
Num projeto de aprendizagem, de quem são as dúvidas que vão gerar o projeto?  Quem está interessado em buscar respostas?
Deve ser o próprio estudante, enquanto está em atividade num determinado contexto, em seu ambiente de vida, ou numa situação enriquecida por desafios.
Quando um projeto é iniciado a partir dos anseios e dúvidas dos estudantes, as aprendizagens tornam-se muito mais significativas, a busca pelas respostas das perguntas que eles mesmos formularam torna--se um aprendizado que eles levarão para a vida toda.

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Desafios da inclusão na escola contemporânea

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