sábado, 24 de março de 2018

INTRODUÇÃO ÀS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO


Nos últimos anos os avanços científicos e tecnológicos foram  os responsáveis pela rápida mudança em nossa sociedade. Com a rapidez de informação a maneira como nos relacionamos com os demais foi alterada e essas mudanças podem ser percebidas na escola.
A escola está inserida neste contexto, nesta sociedade e com tal reflete estas contradições e repetições. Se por um lado nossas escolas parecem estagnadas no tempo, por outro os alunos que frequentam estas instituições estão conectados com um mundo diverso, mundo este que muitas vezes não se encontra refletido na escola.
 Devemos criar espaço para a discussão e para o uso destas tecnologias, e não fingir que elas não existem. As mídias (televisão, computador, rádio) e as tecnologias são recursos que facilitam nosso dia – a – dia, não apenas em casa , mas também com nossos alunos. Elas servem para despertar o interesse do educando pra as problemáticas propostas durante as aulas.
Muitas vezes é no Laboratório de Informática da escola que os alunos terão seus primeiros contatos com o chamado “mundo virtual”,
A escola onde trabalho está localizada em uma área bastante carente, é nos computadores da escola e na internet que os educandos tentam pesquisar para elaborar seus projetos e trabalhos. Infelizmente não temos mais uma pessoa responsável pelo laboratório, a conexão é de péssima qualidade, muitas vezes está fora do ar. Sempre que preciso utilizar um recurso de mídia, uso o projetor, para passar algum vídeo pré-definido, ou combino com os alunos  e eles trazem seus celulares para podermos realizar as pesquisas em aula.

Acredito que além da melhora na infraestrutura, precisamos também nos reciclar enquanto professores, elaborar um planejamento com objetivos coletivos para que possamos integrar a escola e nossas aulas no contexto que está se apresentando na sociedade atual. 

segunda-feira, 19 de março de 2018

Escolas Democráticas


Após assistirmos o vídeo, fomos convidados a fazermos uma reflexão:


Segundo Piaget, as aprendizagens se dão a partir de provocações trazidas pelo chamado “provocador”, que neste contexto podemos dizer que somos nós, professores. Nas aulas do professor de artes, que observamos no filme, vemos essa função sendo desenvolvida por parte dele, as provocações, desafios e mais do que isso, um olhar diferenciado para cada aluno, visto que não somos todos iguais e não aprendemos da mesma maneira. Já o desenvolvimento está ligado ao desenvolvimento de nosso corpo, biológico, como nos diz Piaget, “o desenvolvimento é o processo essencial e cada elemento da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, em lugar de ser um elemento que explica o desenvolvimento (1972)”. Desenvolvimento e aprendizagem andam juntos e se completam. São duas faces da mesma moeda.
Ao ler o texto de Morin, refleti sobre como é impressionante que a educação, que visa transmitir conhecimentos ,seja cega quanto ao que é o conhecimento humano no seus dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e a ilusão, e não se preocupe em fazer conhecer o que é conhecer. O conhecimento não pode ser considerado uma ferramenta a ser utilizada sem que sua natureza seja examinada. Dessa maneira, o conhecimento do conhecimento deve aparecer como necessidade primeira, que serviria de preparação para enfrentar os riscos permanentes de erro e de ilusão, que não cessam de parasitar a mente humana. Trata-se de armar cada mente no combate vital rumo à lucidez.
O vídeo que assistimos em aula, nos mostra escolas com diferentes organizações, mas que mostram a mesma realidade. Escolas onde o aluno é mero ouvinte, onde não há uma ligação com o cotidiano, fazendo com que esse aluno perca o interesse pelas aulas e pela escola.
Como bem nos coloca Paulo Freire, Não há comunicação sem dialogicidade, portanto ela se torna essencial, principalmente a nos educadores que temos na comunicação nossa principal ferramenta de trabalho. Ele fala sobre sua visão de mundo e a nossa participação enquanto seres humanos neste mundo, complexo, tecnológico, político. Segundo o autor:

 “ É que há um diálogo invisível, prévio, em que não necessito de inventar perguntas ou fabricar respostas. Os educadores verdadeiramente democráticos não estão-são dialógicos. Uma de suas tarefas substantivas em nossa sociedade é gestar esse clima dialógico”. (FREIRE, 2000, P. 81)

Para que nossos alunos tenham essa autonomia, devemos reestruturar o currículo de nossas escolas, devemos incluir atividades que primem pela autonomia, pela relação com o cotidiano, para que formemos cidadãos e não meros espectadores da sociedade.

REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
_____________. A sombra dessa mangueira. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 5ª ed. 2012.
PIAGET, Jean. Development and learning. In LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich, 1972. (Trad.: Paulo F. Slomp, prof. FACED/UFRGS. Revisão: Fernando Becker, PPGEdu-UFRGS)


Desafios da inclusão na escola contemporânea

Quando iniciou-se o processo de implantação da Educação Inclusiva nas escolas regulares, evidenciou-se as profundas transformações que se f...