Memórias
Nossa.....
Muito difícil escrever minhas memórias em apenas 30 linhas. Acho que consegui ser sucinta. Mas aí vai....
Em 1997 me formei no curso de Magistério, e quando
penso em como cheguei até lá várias coisas me vem à mente. Primeiro o fato
desta não ter sido minha escolha inicial. Lembro que quando minha mãe foi me
inscrever no Ensino Médio, não havia sido esta minha escolha, só mudei de ideia
porque ela insistiu muito, então, acatei sua vontade, que até então não era a
minha. Só mudei de ideia um ano e pouco depois, quando entrei em sala e me vi
cercada pelos alunos, a partir deste dia notei que não havia outro lugar onde
queria estar e trabalhar.
No ano de 2000 ingressei no curso de História da
Universidade Luterana do Brasil. Hoje como professora de História procuro
trabalhar nas minhas aulas com os conceitos e as ideias desenvolvidas durante a
faculdade. Quando era estudante não entendia o porque de estudar História, hoje
como professora busco mostrar a meus alunos a importância de estudar o passado
e despertar neles a noção de que nossos atos sempre tem consequências, as vezes
não imediatas. Ao contrário dos professores que tive, sempre busco fazer com
que meus alunos se identifiquem como agentes históricos, que a História não é
simplesmente uma sucessão de fatos isolados sua importância não está apenas nos
“grandes atos dos grandes homens”, as pessoas simples, o povo, os estudantes
também participam da formação histórica da sociedade. Os conceitos que medeiam
minha pratica diária e a organização metodológica de minhas aulas são: cultura,
transformação, segmento social, noções
de tempo e tempo histórico. Estes conceitos me auxiliam na organização e na
intencionalidade de minha prática. Acredito que o processo de construção das
aulas deve ser fundamentado nas trocas entre a cultura local e a cultura
acadêmica, visando o desenvolvimento dos sujeitos e a transformação dos
contextos.
Atualmente trabalho
como professora do ensino fundamental no Município de Nova Santa Rita. Em 2012
participei da fundação da Associação de Professores da cidade, entre tantas
reivindicações buscávamos a democratização do sistema de ensino no município, a
valorização dos profissionais da educação e a melhoria das condições de
trabalho. Desta maneira, acredito nos movimentos coletivos como promotores de
mudanças e melhorias para os educandos e para trabalhadores em educação.
Acredito ser de fundamental importância a associação de fatos, formas de
pensar, culturas e tecnologias de diferentes tempos históricos com a
organização do mundo contemporâneo. Sempre procuro entender meus alunos e seus
“humores”, parar a aula por cinco ou dez minutos para conversar sobre a última
novidade musical, não é um problema. Entendo que esse tipo de conversa é
importante para estabelecer relações de afetividade e integrá-los de forma que
não se sintam inibidos na hora de expressar suas opiniões sobre os assuntos que
discutimos em aula.