Os processos de ensino e de aquisição da
capacidade de leitura e de escrita são bastante complexos, pois deve orientar
cada criança a partir de seu ritmo e com a utilização de teorias e métodos que
se complementam progressivamente. Não há um método mais eficiente, e sim, ações
docentes que lançam mão de conjunto de procedimentos teóricos e práticos.
O tempo necessário para se alfabetizar ou
estar alfabetizado é um processo cognitivo e linguístico continuo sem momentos
definíveis de inicio e término.
Quando iniciei no Pead, organizava as aulas
para meus alunos de alfabetização, quase que intuitivamente pois, não possuía a
teoria necessária para embasar minhas aulas.
No decorrer do curso percebi que muito do que
fazia era embasado teoricamente e tomei ciência de muitos outros processos que
desconhecia. Como por exemplo a consciência fonológica.
Possibilita a tomada de consciência pelos
educandos da construção de suas habilidades de leitura e escrita. Seu
desenvolvimento e utilização para realizar operações cognitivas permite a
construção de hipóteses sobre a aquisição da linguagem. Para Alves (2012,
p.31): “A consciência fonológica envolve um entendimento deliberado acerca dos
diversos modos como a língua oral pode ser dividida em componentes menores e,
então, manipulada”. Manipulada no sentido de produções cognitivas construtivas
e conscientes relaizadas pelas pessoas em processo de aquisição da leitura e
escrita. Permite o reconhecimento das palavras que terminam ou iniciam com o
mesmo som. E também a possibilidade de construções com a manipulação das
sílabas para a formação de novas palavras. Diversos processos cognitivos são
estruturados com a inversão de sílabas, exclusão e segmentação testadas em
atividades, que permitem a construção de hipóteses.
A produção escrita das crianças constitui uma
finalidade fundamental, pois lhes possibilita a comunicação de seus pensamentos
e ideias com os demais. É um dos objetivos básicos do ensino fundamental. É
desenvolvida de maneira progressiva e acompanha o êxito escolar. Na composição
dos textos estão intrínsecas as capacidades e dimensões psicológicas e sociais
dos estudantes. Hoje percebo na produção textual de meus alunos muito de seus
medos e sonhos,mesmo quando proponho um tema, a identidade de cada um é expressa
no texto.
Assim podemos perceber que tanto o processo
de alfabetização, com o desenvolvimento da consciência fonológica e da produção
textual são construções progressivas e que contam a participação ativas das
crianças. A evolução da cognição e a aprendizagem do sistema alfabético ocorrem
concomitantemente não havendo a necessidade de separar estas duas dimensões da
formação humana.
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ALVES,
Ubiratã Kickhofel. O que é consciência
fonológica. In: LAMPRECHT, Regina Ritter; BLANCODUTRA, Ana Paula et al.
(Orgs.). Consciência dos sons da língua:
subsídios teóricos e práticos para alfabetizadores, fonoaudiólogos e
professores de língua inglesa. Porto Alegre: EDIPUCRS.