quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Reflexão crítica da realidade

É através do diálogo que podemos interpretar o mundo conforme o vemos, podemos questionar a sociedade e repensar nossa forma de ser contribuindo para a transformação do meio onde estamos inseridos.
Quando proporcionamos a nossos alunos novas visões de mundo através da literatura a resposta e quase imediata. Ver a felicidade em seus olhos diante do novo é gratificante
Em Pedagogia do oprimido, Freire (1993) diz que: “para uma educação educadora o diálogo tem papel fundamental e é através dele que demostramos nossa visão de mundo e nos inserimos socialmente”.
A reflexão crítica através do diálogo levará os educandos a reconhecerem as ideologias, a perceberem o caráter histórico e mutável das relações sociais e, portanto, assumirem-se como sujeitos na construção de si mesmos e da realidade.
“Ler o mundo” significa ler os signos, as coisas que fazem parte da sua vida  ou seja dar um sentido a tudo que esta a sua volta.  Nós enquanto educadores não podemos nos omitir de fazermos a nossa leitura do mundo, e assim demonstrando que existem diversas maneiras possíveis de se ler o mundo. 
Durante o período de meus estágio, percebi o quanto é importante mostrar aos alunos as diferentes possibilidades, mostrar-lhes o mundo......
Esta reflexão só foi possível após as leituras das interdisciplinas, principalmente, neste caso, a de Educação de Jovens e Adultos. Quando estamos dando aulas a um adulto, percebemos o quão importante e trazer seu cotidiano, sua "visão de munda", para a sala de aula. Muitos desistem da escola por não se verem nela, por não se sentirem parte deste processo. Acredito, e lendo Freire corroboro minha convicção, de que o diálogo e o ouvir, são ferramentas importantes em nossa prática pedagógica. 

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Referência: 
FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra. 1993.

Escola Democrática - Novas reflexões

A escola como a percebemos é uma construção social, e como tal deve ser analisada a partir do contexto que está inserida. Portanto, acredito que, conhecer os “arredores” desta escola nos auxilia a entender seu interior.
Enquanto instituição, a escola continua pressa ao formato de sua inauguração, classes enfileiradas, conteúdos engessados, sequências cronológicas que por vezes não possuem ligações com o cotidiano dos frequentadores desta escola, ou seja, os educandos. Na grande maioria das vezes, a instituição escolar, que usa como modelo as escolas do século XVII, quer “ensinar” um aluno do século XXI. O choque de perspectivas é gigantesco.
Então, como vamos conseguir fazer com que escola, aluno e professores tenham os mesmos interesses, objetivos e anseios? Já vou logo dizendo que, não tenho as respostas, mas, a partir de meus estudos e analises desde que iniciei na Pedagogia, acredito conseguir enumerar algumas ideias, que talvez se postas em prática, possam auxiliar nesse novo modelo de escola que tanto se fala e tanto se busca.
Creio que o primeiro ponto a se considerar é o conceito de escola democrática. Trabalho em um município onde pude acompanhar a implementação da Gestão Democrática, contudo, apenas escolher quem será a equipe diretiva de uma escola, não é suficiente para de fato chamarmos uma escola de democrática.
Como bem coloca Tosto (2001) “uma escola democrática é uma escola que se baseia em princípios democráticos, em especial na democracia participativa, dando direitos de participação iguais para estudantes, professores e funcionários”. E esse talvez seja o mais difícil de alcançar. Não só porque não se tem oportunidade de expor suas ideias, mas também porque, muitas vezes, estamos tão habituados a “não participar” que o simples fato de levantar em uma reunião pedagógica e dizer ao colega “não concordo com você”, se torna um exercício por vezes deixado de lado.
Para efetivamente podermos chamar uma escola de democrática, devemos incentivar nossos educandos, desde sempre, a serem participativos, críticos, nós educadores devemos nos mostrar democráticos. Colocar nosso aluno como centro das ações da escola, e não somente de sua turma. A comunidade escolar deve entender que a escola é de todos, todos tem sua participação.
Acompanhei a implementação da Gestão Democrática no município onde trabalho. Ainda hoje, passadas duas eleições, a participação da comunidade escolar ainda não é significativa, mas acredito estarmos no caminho certo.








TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318. V.4.2001. Disponível em: http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html




Como percebo a escola hoje!!

              Com a aproximação da conclusão do curso várias situações me vem à mente. Penso nas aprendizagens que adquiri ao longo do curso e principalmente no porque de ter voltado a faculdade depois de já ter concluído uma graduação.
Quando penso no porque, às vezes acredito que verdadeiramente entendi essa necessidade de voltar à faculdade somente quando ingressei no curso e me deparei com situações novas. O passo inicial foi em busca de uma formação específica, mas hoje vejo que consegui muito mais do que vim buscar e que hoje tenho muitas outras dúvidas que antes não tinha o que no meu entendimento é ótimo, pois, são as dúvidas que nos movem a sempre buscar o melhor.
Acredito numa mudança no ensino e talvez por isso também tenha voltado à universidade, pois, acredito que esta mudança deve começar de algum lugar e se, governos e instituições não a iniciam, resolvi começar por mim mesma.
A escola de hoje continua organizada, tanto estruturalmente como pedagogicamente, nos mesmo moldes de sua instituição no século XVII. Neste ponto inicia nosso desafio enquanto educadores, como fazer uma escola do século XVII ser atrativa para o aluno do século XXI?
Muitas escolas estão tentando aliar a tecnologia a seu cotidiano escolar. Acredito que a tecnologia aliada a educação será uma forma de despertar o interesse do aluno, de motivá-lo a aprender. Cada vez mais a tecnologia faz parte de nosso cotidiano, não há como ignorar, então, a escola enquanto construção social que reflete os anseios da sociedade a qual está inserida deve trazer para dentro de seus muros esta tecnologia já tão comum entre seus alunos.
Sendo assim, como fazer para que escola, professores, pais, alunos e comunidade escolar tenham os mesmos objetivos e anseios?
Penso que a primeira etapa a ser reformulada é o planejamento. “Planejar é a constante busca de aliar “pra quê” com o “como”, através do qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo”. (XAVIER, 2011), o planejamento deve ser voltado a uma reflexão sobre o que está sendo proposto ao aluno e como estamos fazendo isso. Acredito que um planejamento integrado seja o ideal, para que nosso educando tenha a noção do todo e não apenas de partes, o conhecimento não deve ser compartimentado. 
A aprendizagem é um processo dinâmico e só se dá quando o educando se apropria dela, quando ele se vê agente deste processo. Como bem coloca Hara: “Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento”(1988).
Com a conclusão do curso percebi que nada está terminado. Estamos em processo de constante aprendizado e essa necessidade de sempre buscar novos conhecimentos deve nos acompanhar em todos os dias de nossas vidas. 


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Referências:

HARA, Regina. Alfabetização de Adultos: Ainda um Desafio. Cedi - Centro Ecumênico de Documentação e Informação, São Paulo, p.26-34, 1988. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/1685/19.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 01 out. 2017

XAVIER, Maria Luisa M.; ZEN, Maria Isabel T. dalla. Planejamento em Destaque: Análises menos convencionais. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2011.




Desafios da inclusão na escola contemporânea

Quando iniciou-se o processo de implantação da Educação Inclusiva nas escolas regulares, evidenciou-se as profundas transformações que se f...