Quando penso no porque, às vezes acredito que
verdadeiramente entendi essa necessidade de voltar à faculdade somente quando
ingressei no curso e me deparei com situações novas. O passo inicial foi em
busca de uma formação específica, mas hoje vejo que consegui muito mais do que
vim buscar e que hoje tenho muitas outras dúvidas que antes não tinha o que no
meu entendimento é ótimo, pois, são as dúvidas que nos movem a sempre buscar o
melhor.
Acredito numa mudança no ensino e talvez por isso
também tenha voltado à universidade, pois, acredito que esta mudança deve
começar de algum lugar e se, governos e instituições não a iniciam, resolvi
começar por mim mesma.
A escola de hoje continua organizada, tanto
estruturalmente como pedagogicamente, nos mesmo moldes de sua instituição no
século XVII. Neste ponto inicia nosso desafio enquanto educadores, como fazer
uma escola do século XVII ser atrativa para o aluno do século XXI?
Muitas escolas estão tentando aliar a tecnologia a seu cotidiano escolar. Acredito
que a tecnologia aliada a educação será uma forma de despertar o interesse do
aluno, de motivá-lo a aprender. Cada vez mais a tecnologia faz parte de nosso
cotidiano, não há como ignorar, então, a escola enquanto construção social que
reflete os anseios da sociedade a qual está inserida deve trazer para dentro de
seus muros esta tecnologia já tão comum entre seus alunos.
Sendo assim, como fazer para que escola, professores,
pais, alunos e comunidade escolar tenham os mesmos objetivos e anseios?
Penso que a primeira etapa a ser reformulada é o planejamento. “Planejar é a constante busca de aliar “pra quê” com o “como”,
através do qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também,
elemento indissociável do processo”. (XAVIER, 2011), o planejamento deve ser
voltado a uma reflexão sobre o que está sendo proposto ao aluno e como estamos
fazendo isso. Acredito que um planejamento integrado seja o ideal, para que
nosso educando tenha a noção do todo e não apenas de partes, o conhecimento não
deve ser compartimentado.
A aprendizagem é
um processo dinâmico e só se dá quando o educando se apropria dela, quando ele
se vê agente deste processo. Como bem coloca Hara: “Quando aceitamos que o
homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção
do seu conhecimento”(1988).
Com a conclusão do curso percebi que nada está terminado. Estamos em processo de constante aprendizado e essa necessidade de sempre buscar novos conhecimentos deve nos acompanhar em todos os dias de nossas vidas.
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Referências:
HARA, Regina. Alfabetização de Adultos: Ainda um Desafio.
Cedi - Centro Ecumênico de Documentação e Informação, São Paulo, p.26-34, 1988.
Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.abong.org.br/bitstream/handle/11465/1685/19.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.
Acesso em: 01 out. 2017
XAVIER,
Maria Luisa M.; ZEN, Maria Isabel T. dalla. Planejamento em Destaque: Análises menos convencionais. 4. ed.
Porto Alegre: Mediação, 2011.
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