segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Teorias de Aprendizagem

As principais teorias de aprendizagens, colocadas em prática nos dias atuais são: epistemologia genética de Piaget, Teoria Construtivista de Bruner, Teoria Sócio-cultural de Vigotsky, Aprendizagem baseada em problemas, Aprendizado experimental, Aprendizado situado e Inteligências Múltiplas. Cada um tem seus pontos negativos e positivos, que são eles:

·                    Epistemologia Genética de Piaget:  A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do indivíduo, desde a mais tenra infância até a mais avançada velhice. Segundo Piaget, O desenvolvimento geral do individuo será resultado de suas potencialidades genéticas e, sobretudo, das habilidades aprendidas durante as várias fases da vida. A aprendizagem está diretamente relacionada com o desenvolvimento cognitivo.


·          A teoria Construtivista de Jerome Bruner é um autêntico representante da adordagem cognitiva, traz contribuições significativas ao processo ensino-aprendizagem, principalmente à aprendizagem desenvolvida nas escolas. Sendo uma teoria cognitiva, apresenta a preocupação com os processos centrais do pensamento, como organização do conhecimento, processamento de informação, raciocínio e tomada de decisão. Considera a aprendizagem como um processo interno, mediado cognitivamente, mais do que como um produto direto do ambiente, de fatores externos ao aprendiz. Apresenta-se como o principal defensor do método de aprendizagem por descoberta (insight). A teoria de Bruner apresenta muitos pontos semelhantes às teorias de Gestalt e de Piaget. Bruner considera a existência de estágios durante o desenvolvimento cognitivo e propõe explicações similares às de Piaget, quanto ao processo de aprendizagem. Atribui importância ao modo como o material a ser aprendido é disposto, assim como Gestalt, valorizando o conceito de estrutura e arranjos de idéias.

·         Teoria Sócio-cultural de Vigotsky: Em comparação à abordagem dentro-fora de Piaget, Vygotsky enfatiza o papel do ambiente no desenvolvimento intelectual das crianças. Postula que o desenvolvimento procede enormemente de fora para dentro, pela internalização – a absorção do conhecimento proveniente do contexto. Assim, as influências sociais, em vez de biológicas, são fundamentais na sua teoria.

·         Instrução Ancorada:  instrução ancorada é o maior paradigma para o aprendizado baseado em tecnologia, que foi desenvolvido pelo Cognition & Technology Group at Vanderb ilt (CTGV), sob liderança de John Bransford. Embora muitas pessoas tenham contribuído para a teoria e pesquisa da instrução ancorada, Bransford é o principal porta-voz desta teoria e, portanto, a teoria é atribuída a ele. O enfoque inicial do trabalho foi o desenvolvimento de ferramentas interativas de videolaser, que incentivaram alunos e professores a fazer e a resolver problemas complexos e realistas. Os materiais de vídeo servem como "âncoras" (em macro-contexto) para todo o aprendizado e instrução posterior. Princípios:
1. As atividades de aprendizado e ensino devem ser criadas em torno de uma "âncora", que deve ser algum tipo de estudo de um caso ou uma situação envolvendo um problema.
2. Os materiais devem permitir a exploração pelo aprendiz (e.g., programas interativos de videolaser).

·         Aprendizado situado: Lave argumenta que o aprendizado, como ocorre normalmente, é uma função da atividade, do contexto e da cultura na qual ele ocorre (isto é, ele é situado). Isto contrasta com a maior parte das atividades de aprendizado em sala de aula, que envolvem o conhecimento abstrato e fora do contexto. A interação social é um componente crítico do aprendizado situado - aprendizes se tornam envolvidos em uma "comunidadade de prática" que incorpora certas convicções e comportamentos a serem adquiridos. À medida que o iniciante, ou recém-chegado, se move da periferia desta comunidade para o seu centro, ele se torna mais ativo e envolvido dentro da cultura. A partir daí assume um papel de expert ou de mais antigo. Além disso, o aprendizado situado é normalmente não-intencional, em vez de deliberado.

·        Teoria da Inclusão: Ausubel preocupa-se com a aprendizagem que ocorre na sala de aula da escola. O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe. Para que ocorra a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo, funcionando como ponto de ancoragem.Ausubel está interessado em saber como os indivíduos aprendem grandes quantidades de material significativo por meio de apresentações verbais/textuais em um quadro escolar. Um processo primário em aprendizado é a inclusão, na qual o conhecimento novo é relacionado com as ideias relevantes da estrutura cognitiva existente em uma base substantiva. As estruturas cognitivas representam o resíduo de todas as experiências de aprendizado. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes preexistentes na estrutura cognitiva do indivíduo. 

·         Aprendizado experimental: Rogers distinguiu dois tipos de aprendizado: cognitivo (sem sentido) e experimental (significativo). O primeiro corresponde ao conhecimento acadêmico, como o aprendizado de vocabulário ou de tabelas de multiplicação, e o último se refere ao conhecimento aplicado, como o aprendizado a respeito de máquinas para poder consertar um carro. A chave para a distinção é que o aprendizado experimental se direciona para as necessidades e desejos do aprendiz.

·         Inteligências Múltiplas: Na elaboração de sua teoria, ele partiu da observação do trabalho dos gênios. "Ficou claro que a manifestação da genialidade humana é bem mais específica que generalista, uma vez que bem poucos gênios o são em todas as áreas", afirma Antunes. Gardner foi buscar evidências também no estudo de pessoas com lesões e disfunções cerebrais, que o ajudou a formular hipóteses sobre a relação entre as habilidades individuais e determinadas regiões do órgão. Finalmente, o psicólogo se valeu do mapeamento encefálico mediante técnicas surgidas nas décadas recentes. Suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são eminentemente empíricas. Ele concluiu, a princípio, que há sete tipos de inteligência:
1. Lógico-matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.
2. Lingüística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.
3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.
4. Físico-cinestésica é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.
5. Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.
6. Intrapessoal é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.
7. Musical é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.
Mais tarde, Gardner acrescentou à lista as inteligências natural (reconhecer e classificar espécies da natureza) e existencial (refletir sobre questões fundamentais da vida humana) e sugeriu o agrupamento da interpessoal e da intrapessoal numa só.
A primeira implicação da teoria das múltiplas inteligências é que existem talentos diferenciados para atividades específicas.



Acredito que minha prática pedagógica se enquadra nas teorias que consideram a aprendizagem social/cultura ponto fundamental para o ensino aprendizagem. Acredito que o meio social ao qual o aluno está inserido, reflete em sua aprendizagem em sala de aula, e nós professores devemos cada vez mais conhecer essa realidade para que a aprendizagem seja significativa.




 Referências










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