Após assistirmos o vídeo, fomos convidados a fazermos uma reflexão:
Segundo Piaget, as
aprendizagens se dão a partir de provocações trazidas pelo chamado
“provocador”, que neste contexto podemos dizer que somos nós, professores. Nas
aulas do professor de artes, que observamos no filme, vemos essa função sendo
desenvolvida por parte dele, as provocações, desafios e mais do que isso, um
olhar diferenciado para cada aluno, visto que não somos todos iguais e não
aprendemos da mesma maneira. Já o desenvolvimento está ligado ao
desenvolvimento de nosso corpo, biológico, como nos diz Piaget, “o
desenvolvimento é o processo essencial e cada elemento da aprendizagem ocorre
como uma função do desenvolvimento total, em lugar de ser um elemento que
explica o desenvolvimento (1972)”. Desenvolvimento e aprendizagem andam juntos
e se completam. São duas faces da mesma moeda.
Ao ler o texto de
Morin, refleti sobre como é impressionante que a educação, que visa transmitir
conhecimentos ,seja cega quanto ao que é o conhecimento humano no seus
dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e a ilusão, e não
se preocupe em fazer conhecer o que é conhecer. O conhecimento não pode ser
considerado uma ferramenta a ser utilizada sem que sua natureza seja examinada.
Dessa maneira, o conhecimento do conhecimento deve aparecer como necessidade
primeira, que serviria de preparação para enfrentar os riscos permanentes de
erro e de ilusão, que não cessam de parasitar a mente humana. Trata-se de armar
cada mente no combate vital rumo à lucidez.
O vídeo que assistimos
em aula, nos mostra escolas com diferentes organizações, mas que mostram a
mesma realidade. Escolas onde o aluno é mero ouvinte, onde não há uma ligação
com o cotidiano, fazendo com que esse aluno perca o interesse pelas aulas e
pela escola.
Como
bem nos coloca Paulo Freire, Não há comunicação sem dialogicidade, portanto ela
se torna essencial, principalmente a nos educadores que temos na comunicação
nossa principal ferramenta de trabalho. Ele fala sobre sua visão de mundo e a
nossa participação enquanto seres humanos neste mundo, complexo, tecnológico,
político. Segundo o autor:
“
É que há um diálogo invisível, prévio, em que não necessito de inventar
perguntas ou fabricar respostas. Os educadores verdadeiramente democráticos não
estão-são dialógicos. Uma de suas tarefas substantivas em nossa sociedade é
gestar esse clima dialógico”. (FREIRE, 2000, P. 81)
Para que nossos alunos
tenham essa autonomia, devemos reestruturar o currículo de nossas escolas,
devemos incluir atividades que primem pela autonomia, pela relação com o
cotidiano, para que formemos cidadãos e não meros espectadores da sociedade.
REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo.
Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
_____________. A sombra
dessa mangueira. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
MORIN, Edgar. Os sete
saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 5ª ed. 2012.
PIAGET, Jean. Development and learning. In LAVATTELLY, C. S. e STENDLER,
F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace
Janovich, 1972. (Trad.: Paulo F. Slomp, prof. FACED/UFRGS. Revisão:
Fernando Becker, PPGEdu-UFRGS)
Olá! O texto está bem qualificado e com grande poder de argumentação, pois refuta as tuas ideias com conhecimentos já aprendidos durante o curso! Parabéns! Continue se dedicando as atividades do curso!
ResponderExcluirAtt Glauber Moraes
Tutor Seminário Integrador VII
PEAD UFRGS