O autor propõe três
linhas de ataque com um foco progressivo para abordar os temas do Holocausto e
da Evolução, a partir das inteligências múltiplas. Que classifica como: a-
pontos de entrada, b- analogias informativas e c- buscando a essência. O ponto
de entrada visa envolver o estudante e colocá-lo centralmente dentro do tópico.
Para tornar mais clara sua proposta e explicar as sequências metodológica e didática o autor salienta seis
pontos de entrada, alinhados a inteligências específicas. Para cada ponto
escolhido Gardner definiu o ponto de entrada e ilustrou a relação com os temas
escolhidos.
O primeiro ponto de
entrada sugerido pelo autor foi o narrativo que aborda estudantes que gostam de
aprender conteúdos por meio de histórias. A evolução convida a uma abordagem do
tema pelas viagens de Darwin em contraste com as histórias das origens
presentes na bíblia. O holocausto pode ser introduzido por meio de relatos
narrativos ou por fatos cronológicos dos eventos do terceiro Reich. O segundo é
o quantitativo/ numérico que fala a estudantes que se familiarizam com números,
os padrões que eles formam, diversas operações e insights sobre tamanho, razão
e mudança. A evolução pode analisar a incidência de diferentes indivíduos ou
espécies em diferentes nichos ecológicos. Já
o holocausto pode analisar o movimento dos indivíduos nos campos de
concentração, taxas de sobrevivência ou comparações de destinos dos Judeus,
entre outros povos. O terceiro é o Fundamental/existencial que interessa a
estudantes que são atraídos por questões fundamentais. A evolução, segundo o
autor, trata de quem somos e de onde viemos. E também de onde emana toda a
matéria viva. O holocausto trata do tipo de seres humanos que somos e das
virtudes e vícios de que somos capazes. O quarto é o estético que é
interessante para estudantes atraídos por obras de arte e matérias que
demonstrem equilíbrio e harmonia. A árvore da evolução com seus ramos e
interstícios pode atrais estes indivíduos. Muitos esforços são realizados para
retratar o holocausto através da arte, literatura, cinema e música. O quinto de
ponto de entrada é o prático. Muitos alunos preferem abordar um tema através de
atividades práticas, com envolvimento ativo- em que possam construir algo, manipular
materiais ou realizar experimentos. Quanto a evolução o autor diz que a chance de produzir gerações de moscas-da-fruta
proporciona a possibilidade de estudar incidência ou destino de mutações
genéticas. O autor sugeri que os alunos possam receber uma identidade
alternativa ao entrarem em uma amostra sobre o holocausto. Assim, podem
descobrir o que acontece com esta pessoa no decorrer do processo histórico. O
sexto e último ponto de entra sugerido por Gardner é o social. Trata de alunos
que aprendem melhor em um ambiente de grupo, no qual tem a oportunidade de
assumirem papéis diferentes, observar perspectivas de outras pessoas, interagir
e buscar complementação uns nos outros. Pode ser solicitado que resolvam
problemas em grupos, tais como: o que acontece com determinadas espécies em um
determinado ambiente pós mudança radical do clima. Eles podem utilizar a dramatização
para retratar diferentes espécies em suas mudanças ecológicas ou participantes
em uma rebelião de um gueto sitiado.
Referências:
GARDNER, Howard. abordagens Múltiplas à Inteligência, In ILLERIS, Knud (org). Teorias Contemporâneas da Aprendizagem: Porto Alegre, Penso-Artmed, 2012.
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