quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Inteligências Múltiplas

Achei muito interessante esta leitura, como professora de História, me identifiquei e pude visualizar mais concretamente as questões trazidas pelo autor.

O autor propõe três linhas de ataque com um foco progressivo para abordar os temas do Holocausto e da Evolução, a partir das inteligências múltiplas. Que classifica como: a- pontos de entrada, b- analogias informativas e c- buscando a essência. O ponto de entrada visa envolver o estudante e colocá-lo centralmente dentro do tópico. Para tornar mais clara sua proposta e explicar as sequências  metodológica e didática o autor salienta seis pontos de entrada, alinhados a inteligências específicas. Para cada ponto escolhido Gardner definiu o ponto de entrada e ilustrou a relação com os temas escolhidos.

O primeiro ponto de entrada sugerido pelo autor foi o narrativo que aborda estudantes que gostam de aprender conteúdos por meio de histórias. A evolução convida a uma abordagem do tema pelas viagens de Darwin em contraste com as histórias das origens presentes na bíblia. O holocausto pode ser introduzido por meio de relatos narrativos ou por fatos cronológicos dos eventos do terceiro Reich. O segundo é o quantitativo/ numérico que fala a estudantes que se familiarizam com números, os padrões que eles formam, diversas operações e insights sobre tamanho, razão e mudança. A evolução pode analisar a incidência de diferentes indivíduos ou espécies em diferentes nichos ecológicos. Já  o holocausto pode analisar o movimento dos indivíduos nos campos de concentração, taxas de sobrevivência ou comparações de destinos dos Judeus, entre outros povos. O terceiro é o Fundamental/existencial que interessa a estudantes que são atraídos por questões fundamentais. A evolução, segundo o autor, trata de quem somos e de onde viemos. E também de onde emana toda a matéria viva. O holocausto trata do tipo de seres humanos que somos e das virtudes e vícios de que somos capazes. O quarto é o estético que é interessante para estudantes atraídos por obras de arte e matérias que demonstrem equilíbrio e harmonia. A árvore da evolução com seus ramos e interstícios pode atrais estes indivíduos. Muitos esforços são realizados para retratar o holocausto através da arte, literatura, cinema e música. O quinto de ponto de entrada é o prático. Muitos alunos preferem abordar um tema através de atividades práticas, com envolvimento ativo- em que possam construir algo, manipular materiais ou realizar experimentos. Quanto a evolução o autor diz que a  chance de produzir gerações de moscas-da-fruta proporciona a possibilidade de estudar incidência ou destino de mutações genéticas. O autor sugeri que os alunos possam receber uma identidade alternativa ao entrarem em uma amostra sobre o holocausto. Assim, podem descobrir o que acontece com esta pessoa no decorrer do processo histórico. O sexto e último ponto de entra sugerido por Gardner é o social. Trata de alunos que aprendem melhor em um ambiente de grupo, no qual tem a oportunidade de assumirem papéis diferentes, observar perspectivas de outras pessoas, interagir e buscar complementação uns nos outros. Pode ser solicitado que resolvam problemas em grupos, tais como: o que acontece com determinadas espécies em um determinado ambiente pós mudança radical do clima. Eles podem utilizar a dramatização para retratar diferentes espécies em suas mudanças ecológicas ou participantes em uma rebelião de um gueto sitiado.

Referências:

GARDNER, Howard. abordagens Múltiplas à Inteligência, In ILLERIS, Knud (org). Teorias Contemporâneas da Aprendizagem: Porto Alegre, Penso-Artmed, 2012.

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