quinta-feira, 23 de abril de 2015

Memórias

Nossa.....
Muito difícil escrever minhas memórias em apenas 30 linhas. Acho que consegui ser sucinta. Mas aí vai....

Em 1997 me formei no curso de Magistério, e quando penso em como cheguei até lá várias coisas me vem à mente. Primeiro o fato desta não ter sido minha escolha inicial. Lembro que quando minha mãe foi me inscrever no Ensino Médio, não havia sido esta minha escolha, só mudei de ideia porque ela insistiu muito, então, acatei sua vontade, que até então não era a minha. Só mudei de ideia um ano e pouco depois, quando entrei em sala e me vi cercada pelos alunos, a partir deste dia notei que não havia outro lugar onde queria estar e trabalhar.
No ano de 2000 ingressei no curso de História da Universidade Luterana do Brasil. Hoje como professora de História procuro trabalhar nas minhas aulas com os conceitos e as ideias desenvolvidas durante a faculdade. Quando era estudante não entendia o porque de estudar História, hoje como professora busco mostrar a meus alunos a importância de estudar o passado e despertar neles a noção de que nossos atos sempre tem consequências, as vezes não imediatas. Ao contrário dos professores que tive, sempre busco fazer com que meus alunos se identifiquem como agentes históricos, que a História não é simplesmente uma sucessão de fatos isolados sua importância não está apenas nos “grandes atos dos grandes homens”, as pessoas simples, o povo, os estudantes também participam da formação histórica da sociedade. Os conceitos que medeiam minha pratica diária e a organização metodológica de minhas aulas são: cultura, transformação, segmento social,  noções de tempo e tempo histórico. Estes conceitos me auxiliam na organização e na intencionalidade de minha prática. Acredito que o processo de construção das aulas deve ser fundamentado nas trocas entre a cultura local e a cultura acadêmica, visando o desenvolvimento dos sujeitos e a transformação dos contextos.
Atualmente trabalho como professora do ensino fundamental no Município de Nova Santa Rita. Em 2012 participei da fundação da Associação de Professores da cidade, entre tantas reivindicações buscávamos a democratização do sistema de ensino no município, a valorização dos profissionais da educação e a melhoria das condições de trabalho. Desta maneira, acredito nos movimentos coletivos como promotores de mudanças e melhorias para os educandos e para trabalhadores em educação. Acredito ser de fundamental importância a associação de fatos, formas de pensar, culturas e tecnologias de diferentes tempos históricos com a organização do mundo contemporâneo. Sempre procuro entender meus alunos e seus “humores”, parar a aula por cinco ou dez minutos para conversar sobre a última novidade musical, não é um problema. Entendo que esse tipo de conversa é importante para estabelecer relações de afetividade e integrá-los de forma que não se sintam inibidos na hora de expressar suas opiniões sobre os assuntos que discutimos em aula.

3 comentários:

  1. Adorei ler tuas memórias, foste muito objetiva e consegui visualizar você lecionando. Se pudesse gostaria de observar uma aula sua, pois na escola durante as aulas de história eu dormia o tempo todo. Os professores não prendiam minha atenção e como as avaliações eram somente através de provas, então estudava e tirava as melhores notas da turma, e ainda passava por média. Parabéns!

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    1. Oi Andreia! As portas da minha sala de aula estão abertas, se quiseres assistir uma aula é só vir!! Abraços

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  2. Oi Géssica a proposta do portfólio de aprendizagem é realizar uma reflexão das suas atividades pedagógicas com a aprendizagem no curso.Estou aguardando suas postagens.
    abraços

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